A avaliação de neuroimagem deverá ser feita de forma sistematizada, pontuando os escores de Leucaraiose (Fazekas), atrofia hipocampal (MTA) e atrofia parietal (PCA). Adicionalmente deverá ser realizada a pesquisa de outros marcadores de doença de pequenos vasos, como a contagem de microsangramentos e a verificação da ocorrência de lacunas, microinfartos (DWI) e dilatação de espasços perivasculares (DPVS). Para maiores detalhes sobre esse tema, sugerimos a leitura do artigo:
Wardlaw et al. Neuroimaging standards for research into small vessel disease and its contribution to ageing and neurodegeneration. Lancet Neurol 2013; 12: 822–38.
1- Escala de Fazekas (Fazekas et al., 1987)
Método utilizado para quantificar o grau de lesões hiperintensas em T2 visíveis na substância branca.
0 = Ausente
1 = Focos esparsos menores que 10mm. Áreas de lesões confluentes menores que 20mm em diâmetro.
2 = Confluência inicial: lesões únicas entre 10 e 20mm e áreas de lesões agrupadas com mais de 20mm de diâmetro
3 = Confluência severa: amplas áreas de confluência, com lesões únicas maiores que 20mm de diâmetro.
2- Escore de atrofia mesial temporal (MTA) ou Escala de Scheltens (Scheltens et
al., 1995)
O escore MTA é uma análise visual realizada com RM, utilizando cortes coronais em T1 do hipocampo, ao nível da região anterior da ponte.
0 = Sem LCR visível ao redor do hipocampo
1 = Fissura Coróide levemente alargada
2 = Moderado alargamento da fissura coróide, leve aumento do corno temporal e leve perda do tamanho hipocampal
3 = Marcado alargamento da fissura coróide, moderado aumento do corno temporal, moderada perda de tamanho hipocampal
4 = Marcado alargamento da fissura coróide, marcado aumento do corno temporal e o hipocampo é marcadamente atrofiado, sua estrutura interna é perdida.
OBS: Paciente com 75 anos ou mais, um escore ≥ 3 é anormal. Paciente com menos de 75 anos, um escore ≥ 2 é anormal.
3- Escore de atrofia posterior ou Escore de Koedam
Este escore foi desenvolvido para possibilitar uma avaliação visual do córtex parietal à RM. Para geral este escore, o cérebro deve ser visto em 3 planos e várias estruturas devem ser avaliadas:
1- Sagital: sulco cingular posterior, sulco parieto-occipital e giro pré-cuneus.
2- Plano Coronal: sulco cingular posterior e lobo parietal
3- Axial: sulco cingular posterior e giros lobo parietal
Os piores achados são utilizados para gerar os graus de 0 a 3
Grau 0: Sulcos fechados, sem atrofia giral
Grau 1: Alargamento sulcal leve, atrofia de giros leve
Grau 2: Alargamento sulcal moderado, atrofia giral moderada
Grau 3: Alargamento sulcal acentuado, atrofia giral acentuada com aspecto em lâmina de faca.
Legenda figura : PCS: Sulco Cingular Posterior; POS: Sulco Parieto-Occipital; PRE: pré-cúneus; PAR: lobo parietal
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